quarta-feira, março 21, 2007

DADOS DIGITAIS Japão usa bactéria como cartão de memória Uma equipa de químicos japoneses do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Keio (IAB) afirma ter desenvolvido um procedimento que permite conservar por séculos grandes quantidades de dados digitais nos genes de um organismo vivo, como uma bactéria.Esta forma de memorização de informações digitais poderia permitir a um laboratório estocar os dados de propriedade intelectual sobre os organismos vivos geneticamente modificados, segundo os pesquisadores.
As bactérias, e outros microorganismos que se reproduzem com base num código genético definido, constituem elementos potenciais para estocar dados que despertam um grande interesse na comunidade científica. Em relação aos discos rígidos e aos cartões de memória, eles são extremamente pequenos, mas podem estocar nos seus genes dados em grande quantidade por um longo período.
As pesquisas da equipe de Keio, que não são as primeiras do género, trazem um início de solução para o problema da perenidade dos dados.Para isso desenvolveram uma tecnologia que permite estocar em vários lugares as informações sobre os genes de uma bactéria, o que permite diminuir os riscos de destruição das informações depois das mutações genéticas que ocorrem ao longo do tempo. Nestes testes, a equipa gravou sob forma criptográfica numa bactéria não patogénica (Bacillus subtilis) uma breve mensagem escrita, utilizando um procedimento que permite, a grosso modo, transcrever dados alfanuméricos em elementos químicos. Estes compostos químicos são, depois, inscritos numa sequência de genes da bactéria.Para encontrar os dados, basta comparar o genoma normal da bactéria e o modificado.
As diferenças revelam a mensagem criptografada.Com base em simulações informáticas, a equipa japonesa assegura que a Bacillus subtilis é uma espécie capaz de conservar por longo tempo grandes quantidades de dados.
Fonte:
http://www.cruzeironet.com.br/run/35/251606.shl