quinta-feira, junho 07, 2007

Animal foi copiado de touro recordista na venda de sémen de sua raça A pecuária paulista tem o primeiro clone de touro reprodutor nelore mocho. Trata-se de Diago TN (transferência nuclear) de CV, nascido dia 19 de Maio na central de genética da In Vitro Brasil, em Mogi Mirim. O animal foi clonado de Diago de CV, considerado recordista na venda de sémen da raça, contabilizando mais de 160 mil doses. O proprietário é Carlos Viacava, presidente do SIC (Serviço de Informação da Carne). Foi produzido pela Cyagra Brasil, empresa formada pela In Vitro Brasil e Cyagra US, líder mundial na clonagem de bovinos. “Diago de CV é reconhecido nacionalmente como produtor de animais bons de pasto e bons de pista, sendo responsável por grandes campeões e campeãs e hoje entre os primeiros reprodutores nelore mocho do ranking da ACNB (Associação dos Criadores de Nelore do Brasil)”, afirma Viacava.

Governo Regional empenhado na preservação e defesa do património florestal O Governo Regional está empenhado num crescente aumento de recursos materiais e humanos afectos às tarefas de preservação, desenvolvimento e defesa do património florestal açoriano para o aprofundamento de um plano que reforce a sua autonomia e sustentabilidade económica, em conformidade com as funções ambientais do sector, garantiu o secretário regional da Economia. Por isso, a estratégia florestal regional delineada para os próximos anos tem por objectivo aumentar a competitividade do sector florestal, apoiar a valorização profissional e promover o aumento do conhecimento florestal. Segundo o secretário regional da Economia, o executivo pretende, em simultâneo, garantir a redução de riscos associados à flora invasora, pragas e doenças, através da melhoria da viabilidade vegetativa e sanidade dos povoamentos florestais e do contributo para um correcto ordenamento físico do território açoriano. "Numa altura em que tanto se fala de mudanças climáticas e do efeito dos gases de estufa, a floresta é, sem dúvida, uma das áreas que ganha especial relevância e que merece a maior atenção", referiu Duarte Ponte, destacando a importância do congresso, cuja temática vai da embriologia, biologia reprodutiva, ao valor económico, científico e social da biotecnologia florestal. Segundo o governante, na sequência das políticas regionais e comunitárias e dos seus apoios financeiros, assistiu-se, nas últimas décadas, nos Açores, a um surto de florestação de novas áreas e à rearborização de outras, agora sujeitas a planos orientadores de gestão que garantem as boas práticas florestais. "Mas o mérito da floresta está muito para além das empresas criadas e do emprego gerado. Ela é parte indissociável da tipicidade da paisagem açoriana, fundamental à preservação dos recursos naturais e ambientais e exerce uma importante função no ordenamento do território e na protecção de culturas", sublinhou, referindo a função lúdica e recreativa dinamizada através da criação de Reservas Florestais de Recreio e de Centros de Divulgação Florestal.

Cultura de tecidos e Micropropagação vegetal A micropropagação é uma extensão dos métodos tradicionais de propagação vegetativa. Esta técnica desencadeia-se da seguinte forma: 1. É retirado um explante de uma planta e colocado num meio asséptico, adequado ao seu crescimento (com nutrientes e hormonas) e in vitro; 2. Origina-se o tecido caloso por multiplicação das células que estavam em cultura;, onde as células se desdiferenciam e se encontram em proliferação 3. O tecido caloso é subdividido e essas subunidades são colocadas em cultura, onde se verifica uma abundância eem nutrientes e hormonas de crescimento; 4. Obtêm-se plântulas, que serão transferidas para contentores onde continuam o seu crescimento e originam clones idênticos à planta original. São portanto aclimatizadas.

quarta-feira, junho 06, 2007

Tipos de Tratamentos para Conservação de Alimentos Os processos de conservação têm como objectivo evitar as alterações nos alimentos, sejam elas de origem microbiana, enzimática, física ou química. Os tipos de tratamento existentes são:
  • Conservação pelo calor;
  • Conservação pelo frio;
  • Conservação pelo controle da humidade;
  • Conservação pela adição de um soluto;
  • Conservação por defumação;
  • Conservação pela adição de aditivos;
  • Conservação pelo uso da irradiação.

Conservação pelo Calor: Baseia-se no emprego de temperaturas ligeiramente acima das máximas que permitem a multiplicação dos microrganismos, de forma a provocar a sua morte ou a inactivação de suas células vegetativas. Os principais métodos de conservação por Calor são:

  • Pasteurização: A pasteurização é um tratamento térmico relativamente suave, utiliza temperaturas inferiores a 100 ºC, tem como principal objectivo prolongar a vida de prateleira dos alimentos, por alguns dias, como no caso do leite ou por alguns meses, como ocorre com as frutas enlatadas. Este método tem como princípio, a inactivação de enzimas e a destruição dos microrganismos sensíveis a temperaturas mais elevadas, como as bactérias vegetativas, bolores e leveduras, sem contudo modificar significativamente o valor nutritivo e as características organolépticas do alimento submetido a esse tratamento.

  • Esterilização: A esterilização pelo calor é o tratamento no qual o alimento é aquecido a uma temperatura relativamente elevada durante períodos variados de tempo, suficientes para a destruição de microrganismos e inactivação de enzimas capazes de deteriorar o produto durante o armazenamento. Este tratamento pode ser realizado por diversos processos, e tem ainda como objectivo principal a destruição dos microrganismos causadores de doenças e deterioradores, mantendo-o livre de germes nocivos à saúde do consumidor.

  • Tindalização: Nesse processo, o aquecimento é feito de maneira descontínua. Após o acondicionamento das matérias primas alimentícias, a serem submetidas ao tratamento, em recipiente fechado, o produto é submetido ao tratamento térmico. Dependendo de cada produto e do rigor térmico desejado, as temperaturas variam de 60 a 90 ºC, durante alguns minutos. As células bacterianas que se encontram na forma vegetativa são destruídas, porém os esporos sobrevivem. Depois do resfriamento, os esporos entram em processo de germinação e depois de 24 horas a operação é repetida. O número de operações pode variar de 3 a 12 vezes até a obtenção da esterilização completa. A vantagem desse processo é que podem ser mantidos praticamente todos os nutrientes e as qualidades organolépticas do produto, em proporções maiores do que quando se utilizam outros tratamentos térmicos.

  • Apertização: A apertização é a aplicação do processo térmico a um alimento convenientemente acondicionado em uma embalagem hermética, resistente ao calor, a uma temperatura e um período de tempo cientificamente determinados, para atingir a esterilização comercial. Este processo corresponde ao aquecimento do produto já elaborado, envasado em latas, vidros, plásticos ou outros materiais e relativamente isentos de ar.

Conservação pelo Frio: Temperaturas abaixo das que se tem registrado no ambiente são utilizadas para retardar as reacções químicas e as actividades enzimáticas, bem como para retardar ou inibir o crescimento e a actividade dos microrganismos nos alimentos.

  • Refrigeração: Os alimentos são conservados a uma temperatura superior a 0ºC. A refrigeração comercial utiliza uma temperatura entre 5 e 7.2ªC. Reduz o crescimento da maior parte dos agentes patogénicos, mas os organismos psicrófilos continuam a desenvolver-se.

  • Congelamento: Congelação de alimentos a uma temperatura igual ou inferior a -18ºC. Esta técnica inibe o crescimento total dos microrganismos, contudo, continuam a ocorrer reacções de autólise no alimento.

Conservação pelo Controle da Humidade:

  • Secagem natural
  • Desidratação ou secagem artificial

Conservação pela Adição de Solutos:

  • Adição de sal
  • Adição de açúcar

A adição elevada de quantidades de açúcar ou sal ao alimento pode reter quantidades variadas de água, o que resulta em um estado qualificado como pressão osmótica. A preservação de frutas pela adição de açúcar, transformando-se em geleia, doces em massa e outros produtos similares ocorre pela elevada concentração de açúcar. Estes produtos contêm em média de 25 a 33% de humidade, mas podem ser conservados sem maiores problemas. O sal também é bastante eficaz na preservação de carnes e peixes.

Conservação por Defumação: Consiste no processo de aplicação de fumaça aos produtos alimentícios, produzida pela combustão incompleta de algumas madeiras previamente seleccionadas. Normalmente é realizado em conjunto com a salga, a cura, a fermentação e outros processos. Em carnes, o contacto com o calor e a fumaça provocam a perda da água, a superfície fica ressecada e a coloração estabilizada. A perda de água e a acção dos constituintes da fumaça conferem ao alimento barreiras físicas e químicas eficientes contra a penetração e a actividade de microrganimos. Essa capa protectora pode ser devido à desidratação que se processa na superfície do produto, principalmente na defumação a quente, à coagulação proteica que ocorre durante a defumação e ao depósito das substâncias antimicrobianas que existem na fumaça, que se condensam e ficam depositadas na superfície do produto.

Conservação pela Utilização de Aditivos: Os aditivos podem contribuir muito para a conservação dos alimentos. Mas essa prática deve ser encarada com bastante atenção, uma vez que, a ingestão excessiva de alimentos conservados por aditivos químicos pode provocar perturbações no equilíbrio fisiológico do consumidor.

Conservação pelo Uso da Irradiação: O emprego da irradiação, sob ponto de vista tecnológico, satisfaz plenamente o objectivo de proporcionar aos alimentos, a estabilidade química e microbiológica, condições de sanidade e longo período de armazenamento.

Importância da Conservação de Alimentos A produção, conservação e distribuição de alimentos são, em longa data, problemas estratégicos a serem resolvidos com a máxima urgência, pois como se sabe, o crescimento populacional é mais acelerado do que o da disponibilidade de alimentos. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidades para Alimentação e a Agricultura), quase 1 bilhão de pessoas, a maioria nos países em desenvolvimento, sofrem de desnutrição crónica, comendo menos do que o necessário para atingir os níveis mínimos de energia. Outros milhões sofrem de má nutrição aguda durante os períodos de falta sazonal ou transitória de alimentos. A mortalidade, principalmente a infantil, por desnutrição de energia proteica, é assustadora: cerca de 13 milhões morrem todos os anos antes de completar 5 anos de idade, como resultado directo da fome ou de nutrição insuficiente. A simples produção de alimentos não é tudo. Se não houver meios adequados para conservá-los e distribuí-los, o problema mundial não irá tão somente persistir mas será severamente agravado. A conservação de alimentos, mantendo da melhor maneira possível as suas condições naturais, tem sido uma preocupação constante dos pesquisadores.

Actuação das enzimas As enzimas por possuírem uma estrutura tridimencional e ordenada, interagem com um substrato aumentando a sua velocidade de transformação em produtos. A região onde se estabelece esta ligação (enzima com substrato) é denominada de centro activo. O facto do centro activo ser específico para determinados substratos, torna a trasnformação em produtos destes, mais facilitada. A ligação do substrato ao centro activo da enzima forma o complexo enzima-substrato, onde se pode verificar ligações fracas, mas suficientes para desencadear a reacção. Há, portanto, a transformação de substratos (reagentes) em produtos. Após a sua formação, o produto desliga-se à enzima, deixado-a assim disponível e funcional para catalizar outar reacção. http://www.youtube.com/watch?v=TIUtMWE7y_c Algumas enzimas, porém, só desencadeiam esta reacção se associadas a elementos nao proteícos, denominados cofactores. Estes podem ser iões metálicos (Magnésio ou Ferro) ou moléculas orgânicas (certas vitaminas do complexo B), passando a designar-se estes últimos coenzimas.

Neste caso, a região proteíca da enzima designa-se apoenzima, e a associação do cofacctor e a apoenzima denomina-se holoenzima.

terça-feira, junho 05, 2007

Enzimas
As enzimas são proteínas, com conformação tridimencional, especializadas na catálise de reações biológicas. Elas estão entre as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade e poder catalítico, que são muito superiores aos dos catalisadores produzidos pelo homem. Praticamente todas as reações que caracterizam o metabolismo celular são catalisadas por enzimas.
Como catalisadores celulares extremamente poderosos, as enzimas aumentam a velocidade de uma reacção, sem participar nela como reagente ou produto (não são consumidas nas reacções químicas que catalisam), diminuindo assim a energia de activação.
As enzimas actuam ainda como reguladoras deste conjunto complexo de reações considerando-se como unidades funcionais do metabolismo celular.
Algumas enzimas, para se tornarem funcionais, necessitam de elementos não proteícos para a sua acção catalítica. E para além dessa condição, alguns factores do meio ambiente (temperatura, pH ou presença de outras substâncias) também interferem na sua actividade, não só neste tipo de enzimas como nas "normais".

Os três tipos de fermentação

Fermentação alcoólica:

  • é realizada por leveduras;
  • o ácido pirúvico é descarboxilado (libertação de CO2);
  • forma-se o acetaldeído;
  • o acetaldeído é reduzido pelo NADH;
  • formação de etanol.

Esta fermentação é utilizada na produção de cerveja ,pão e vinho.

Fermentação lactica:

  • é realizado por bactérias;
  • o ácido pirúvico é directamente reduzido;
  • formação de ácido láctico.
Este processo leva à produção de queijo, iogurtes e outros produtos láticos fermentados.
Fermentação acética:
  • é assim designada devido às características do produto obtido, no entanto, não é uma fermentação, mas uma oxidação.
Deste processo resulta por exemplo o vinagre.

segunda-feira, junho 04, 2007

Fermentação
A fermentação é um processo utilizado pelas bactérias e leveduras para obter energia (ATP) através da oxidação incompleta da glicose, sem usar oxigénio livre(processo anaeróbio).
Distinguem-se duas fases deste processo, a gicólise e a redução do ácido pirúvico.

1. Glicólise:

  • oxidação da glicose pelo NAD+ (transformando-se assim em NADH);
  • formação de duas moléculas de ácido pirúvico;
  • saldo energético de dois ATP.

2. Redução do ácido pirúvico:

  • regeneração do NAD+ através da capacidade aceptora de hidrgénio das molécula orgânicas (estas formam-se a partir do ácido pirúvico);
  • a molécula orgânica produzida a partir do ácido pirúvico condicionará o produto final da fermentação.

Microrganismos essenciais na indústria alimentar
Desde a Antiguidade que o Homem recorre aos microrganismos para a produção dos seus alimentos (plantas, animais e seus derivados). Esta utilização tem como consequências a deteorização dos alimentos, por utilização dos nutrientes por parte dos microrganismos para o seu crescimento, e a produção de certos alimentos com características específicas, como resultado de processos de fermentação. Os microrganismos são, na actualidade, essenciais nos seres humanos, com especial destaque para a indústria alimentar, destacando-se as seguintes intervenções:
  • produção de certos alimentos por fermentação;
  • fonte de enzimas para o processameno de alimentos;
  • aperfeiçoamento de métodos de conservação de alimentos (retardam a sua deterioração);
  • desenvolvimento de técnicas de melhoramento de alimentos ou produção de novos alimentos.

Produtos da Biotecnologia As grandes novidades trazidas pela Biotecnologia têm satisfeito em grande escala as nossas necessidades, tanto a nível médico como alimentar. A biotecnologia permitiu obter uma série de compostos para diagonóstico e tratamento, facto importante para a detecção e o tratamento de algumas doenças que outrora se consideravam como ameaças para o ser humano.

A bioconsevação, processo através do qual certos organismos vivos (normalmente plantas ou microrganismos, sendo estes últimos os mais utilizados devido à elevada taxa de crescimento) covertem um composto noutros produtos estruturalmente semelhantes, é um método bastante atractivo para a produção de fármacos, uma vez que permite uma selecção do que é biossintetizado. A produção comercial de antibióticos por bioconservação passa pela identificação das enzimas que estão envolvidas no processo de elaboração natural por determinadas bactérias. Assim, é possível manipular os genes que codificam as respectivas enzimas e aumentar a produção dos produtos pretendidos. Esta manipulação permite, igualmente, alargar o seu espectro de acção, bem como reduzir as potenciais reacções alérgicas inerentes aos antibióticos. Este processo pode ser utilizado na produção de esteróides, antibióticos, vitamina C, vacinas, proteínas humanas, entre outros. Relativamente às proteínas humanas destacam-se essencialmente algumas aplicações como o controlo de diabetes (insulina), a estimulação da resposta imunitária (interferão), o tratamento de atrasos de crescimento infantil (hormonas de crescimento) e o tratamento de hemofilia (factores de coagulação).

Biotcnologia
Biotecnologia é tecnologia baseada na biologia, especialmente quando usada na agricultura, ciência dos alimentos e medicina. A Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU possui uma das muitas definições de biotecnologia: "Biotecnologia significa qualquer aplicação tecnológica que use sistemas biológicas, organismos vivos ou derivados destes, para fazer ou modificar produtos ou processos para usos específicos." A definição ampla de biotecnologia é o uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços. Nesta definição enquadra-se um conjunto de actividades que o homem tem vindo a desenvolver há milhões de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte,cerveja, etc.). Por outro lado a biotecnologia moderna concidera-se aquela que faz uso da informação genética, incorporando técnicas de DNA recombinante.