Biologia
sexta-feira, março 23, 2007
Pequim muda o sexo das árvores para evitar alergias
PEQUIM - O Consistório de Pequim começou a intervir na genética das 370 mil árvores da capital chinesa com o objetivo de conseguir uma "mudança de sexo" que impeça a proliferação da penugem das suas folhas, que agrava a "contaminação biológica" da cidade.
O salgueiro branco (Salix alba) é uma das espécies mais abundantes em Pequim e a penugem desprendida pela árvore - que se espalha pela cidade na primavera - causa alergias, erupções cutâneas, inchaço e asma, entre outros danos à saúde, segundo as autoridades municipais.
Para combater o "efeito penugem", cientistas do instituto começaram a abrir buracos nos salgueiros brancos e inserir neles galhos de salgueiro chorão (Salix babylonica), além de injectar nas árvores um inibidor do crescimento de penugem nos frutos.
Fonte:
Podemos concluir que a humanidade é capaz de evitar determinadas alergias que prejudicam o seu quotiadiano, alterando para isso a "fonte", origem, das alergias, onde neste caso foram as árvores.
Alergias
As alergias são reacções de hipersensibildade a certos antigénios ambientais, chamados por alergénicos, dos quais praticipam por exemplo o pêlo dos animais, o pólen, os ácaros e o veneno dos insectos.
O primeiro contacto com o alergénio faz com que os linfócitos B se diferenciem e produzam anticorpos específicos da classe lgE, que por sua vez se irão ligar a mastócitos e a basófilos.
Num segundo contacto, as células a que os anticorpos se ligaram vão libertar grande quantidade de histaminas devido à ligação antigénio-anticorpos lgB. A histamina libertada irá desencadear uma reacção inflamatória intensa, que consiste nos sintomas da alergia (espirros, erupções cutâneas e a contracção dos músculos das vias respiratórias).
Os sintomas das alergias podem ser tratados com medicamentos anti-histamínicos.
No futuro:
Vírus HIV pode ser a cura para a fibrose cística
No futuro,a base de um novo tratamento genético pré-natal para a fibrose cística pode ser constituída por uma versão modificada do vírus HIV. Têm sido realizadas experiências em fetos de ratos com o vírus alterado.
Os estudiosos acreditam que esse vírus poderia ser manipulado para adquirir a capacidade de transportar cópias do gene que, quando falha, causa a fibrose cística, deficiência que atinge principalmente os pulmões e o sistema digestivo.O jornal The Times, segundo diversas experiências realizados na Universidade de Londres, relata que o vírus HIV modificado pode infectar o tecido pulmonar dos fetos de ratos.
cística.
Os cientistas britânicos trabalham agora em uma posterior modificação do vírus para que ele possa levar até o pulmão do feto o material genético necessário para impedir o aparecimento da fibrose.
A versão modificada do HIV utilizada na pesquisa é bastante diferente do vírus original. As proteínas da superfície do vírus também sofrem mudanças para que ele infecte apenas as células pulmonares e não as do sistema imunológico, que normalmente são seus alvos.
Fonte:
http://emsergipe.globo.com/nesseinstante/exibir_noticia.asp?id=83055
quinta-feira, março 22, 2007
Síndrome de Imunodeficiência adquirida - SIDA
As imunodefeciências são doenças que afectam o sistema imunitário, originando falhas que podem ser aproveitadas por organismos patogénicos oportunistas. Essas falhas remetem para a perda da principal linha de defesa contra os microorganismos patogénicos correspondentes, não sendo capazes por isso de promoverem uma resposta imunitária.
No caso específico da SIDA, o vírus que causa a imunodefeciência humana é o HIV. O HIV é um vírus de RNA que actua principalmente nos linfócitos T, como também noutros linfócitos, macrófagos e células do sistema nervoso.
O RNA viral ao inserir-se no genoma como DNA (DNA viral), aquando da sua activação, controla a produção de novos viírus, causando a destruição da célula hospedeira e a infecção de outars células. A actuação nos linfócitos T provoca a sua diminuição causando desse modo uma maior susceptibilidade de apanahar doenças, assim como cancros.
Pode concluir-se portanto que um indivíduo infectado pela SIDA não morre da doença propriamente dita, mas ao destruir a resposta imunitária permite que outras doenças se desenvolvam, conduzindo assim à morte do organismo.
A SIDA é uma doença que não se revela logo desde o início, sendo possível portanto um seropositivo (indivíduo infectado pelo HIV que reage à sua presença com a produção de anticorpos) , que não apresenta sintomas clínicos, transmitir o HIV. Este facto acentua portanto a importância do uso de contraceptivos de barreira, nomeadamente o preservativo masculino.
Vacina de prevenção do câncro do colo do útero
O câncro do colo do útero é uma doença que se analisada devidamente e esforçosamente poderá ser destruída.
Graças ao desenvolvimento de uma nova vacina – a vacina contra o papilomavírus humano, HPV - o cancro do colo do útero é hoje uma doença plenamente evitável e curável, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde. Ainda assim por ano morrem mais de 86.000 mulheres no Caribe e na América Latina que contêm a doença.
Sendo considerado um dos tipos de câncros que mais afectam as mulheres eem geral são debatidas estratégias para melhorar a prevenção do mesmo.
Os especialistas confirmam uma maior detençao da doença cervical em meios rurais ligada sobretudo à pobreza e aos baixos níveis de educação.
Há dois cursos que podem ajudar as mulheres a evitar o câncro cervical: a nova vacina contra o HPV, que previne o câncro em meninas e jovens que a recebem antes de 26 anos de idade, e o rastreamento, de preferência anual, para todas as mulheres.
Devido ao pouco êxito do rastreamento, os especialistas sugerem uma estratégia múltipla para aumentar a prevenção na região e expressaram optimismo em relação à possibilidade da destruição completa desse tipo de câncro se as partes interessadas – organizações internacionais, governos nacionais, trabalhadores da área de saúde e as mulheres e suas famílias – fizerem um esforço conjunto nesse sentido.
Pra além do registo da vacina e do apoio a sua distribuição, enfatizou-se a necessidade de fortalecer os sistemas de informação de saúde e tornar disponível o aconselhamento e a educação sobre reprodução, já que o HPV, o vírus que causa mais de 70% dos câncros cervicais, é transmitido mediante o contato sexual.
Chegam mesmo a igualar o êxito da vacina formada para a prevenção do câncro do colo do útero às vacinas k serviram de erradiação do sarampo, do pólio e da rubéola.
A Dra. Olivia McDonald, diretora executiva da Junta Nacional de Planejamento Familiar da Jamaica, sugeriu que os organismos internacionais comprassem a vacina (que hoje custa $300 para as três doses recomendadas) em grandes quantidades para os países em desenvolvimento e oferecessem apoio de marketing social para difundir a informação em massa.
Fonte:
http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=6693
quarta-feira, março 21, 2007
Imunização
Nós temos dois tipos de imunização: a natural,que todos os seres humanos normais têm, participando mecanismos antiinfecciosos que protegem as pessoas contra infecções e doenças e a artificial ou adquirida, que é adquirida por vacinas.
As vacinas são compostas por antigénios resultantes de microorganismos mortos ou inactivos, que irão provocar uma resposta imunitária primária, formando-se por isso células de memória correspondentes àqueles antigénios, possibilitando provável protecção para um segundo ataque. Por vezes são necessárias várias doses da mesma vacina,contendo o mesmo antigénio, aumentando assim a taxa de anticorpos correspontentes aos antigénios específicos, sendo esta cada vez mais intensa.
Sistema imunitário
O sistema imunitário tem como função reconhecer agentes agressores e defender o organismo da sua acção, sendo constituído por órgãos, células e moléculas que asseguram essa protecção.
Contém diferentes tipos de leucócitos e macrófagos as quais actuam como células efectoras. Os leucócitos formam-se e diferenciam-se em locais apropriados,pertencentes portanto ao sistema imunitário, designados por medula vermelha dos ossos (linfócitos B) e timo (linfócitos T), nommeados orgãos linfóides primários. Fazem parte também o baço, o apêndice, os gânglios linfáticos, as adenóides e as amigladas,
orgãos designados por linfóides secundários onde se concentram leucócitos.
DADOS DIGITAIS Japão usa bactéria como cartão de memória
Uma equipa de químicos japoneses do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Keio (IAB) afirma ter desenvolvido um procedimento que permite conservar por séculos grandes quantidades de dados digitais nos genes de um organismo vivo, como uma bactéria.Esta forma de memorização de informações digitais poderia permitir a um laboratório estocar os dados de propriedade intelectual sobre os organismos vivos geneticamente modificados, segundo os pesquisadores.
As bactérias, e outros microorganismos que se reproduzem com base num código genético definido, constituem elementos potenciais para estocar dados que despertam um grande interesse na comunidade científica.
Em relação aos discos rígidos e aos cartões de memória, eles são extremamente pequenos, mas podem estocar nos seus genes dados em grande quantidade por um longo período.
As pesquisas da equipe de Keio, que não são as primeiras do género, trazem um início de solução para o problema da perenidade dos dados.Para isso desenvolveram uma tecnologia que permite estocar em vários lugares as informações sobre os genes de uma bactéria, o que permite diminuir os riscos de destruição das informações depois das mutações genéticas que ocorrem ao longo do tempo.
Nestes testes, a equipa gravou sob forma criptográfica numa bactéria não patogénica (Bacillus subtilis) uma breve mensagem escrita, utilizando um procedimento que permite, a grosso modo, transcrever dados alfanuméricos em elementos químicos. Estes compostos químicos são, depois, inscritos numa sequência de genes da bactéria.Para encontrar os dados, basta comparar o genoma normal da bactéria e o modificado.
As diferenças revelam a mensagem criptografada.Com base em simulações informáticas, a equipa japonesa assegura que a Bacillus subtilis é uma espécie capaz de conservar por longo tempo grandes quantidades de dados.
Fonte:
terça-feira, março 20, 2007
Empresas querem introduzir milho transgénico em Salvaterra e Rio Maior
Uma primeira empresa de sementes pretende introduzir o milho modificado para tolerar herbicidas com vista à eliminação de plantas infestantes em seis mil metros quadrados em cada uma das localidades. A segunda impresa também pretende introduzir sementes transgénicas de milho num terreno de oito mil metros quadrados em Rio Maior e 9.500 metros quadrados em Salvaterra de Magos.
O Decreto-Lei nº 160/2005 de 21 de Setembro, que regula o cultivo de OGM, permite a produção de 17 variedades de milho aprovadas pela Comissão Europeia. No entanto os agricultores têm que criar zonas de protecção para as culturas convencionais de 200 metros. Se as culturas vizinhas forem biológicas os agricultores que optem por cultivar transgénicos têm que deixar uma faixa livre de 300 metros.
Os transgénicos são o resultado de processos de transformação de sementes em laboratório para que a planta possa resistir às pragas de insectos e a grandes quantidades de pesticida. O que permite maiores produções. Há especialistas que garantem que este cultivo pode causar riscos ambientais, como o aparecimento de ervas daninhas resistentes a herbicidas, a poluição dos terrenos e lençóis de água com agro-tóxicos, a perda da fertilidade natural dos solos e da biodiversidade. Alguns apontam também para consequências negativas para a saúde, considerando que alguns tipos de milho contêm genes que resistem aos antibióticos e que dificultam o tratamento de doenças.
Fonte:
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=276&id=32551&idSeccao=3868&Action=noticia
Técnicas utilizadas na Engenharia Genética
No início da década de 70, desenvolveu-se técnicas que conduziram os cientistas a novas investigações, as quais permitiram uma manipulação do DNA, com implicações sociais e éticas.Das técnicas utilizadas podem ser referenciadas:
- DNA recobinante (rDNA);
- DNA complementar (cDNA);
- Reacção de polimerização em cadeia (PCR);
- DNA fingerprint.
segunda-feira, março 19, 2007
Síndrome de Patau(trissomia 13) e de Síndrome de Edwards(trissomia 18)
Incidência, Etiologia e Diagnóstico
A trissomia 13 ocorre em cerca de 1 em 12000 nados vivos, e tem uma frequência mais elevada nos abortamentos. A trissomia 18 é um pouco mais comum, com uma frequência que se situa entre 1 em 5000 e 1 em 7000 nados vivos. Ainda não foi esclarecido como é que a presença de material cromossómico extra origina as anomalias características destes síndromes. O cariótipo confirma o diagnóstico de trissomia 13 e de trissomia 18.
Evolução
Os doentes com trissomia 13 ou 18 têm uma grande variedade de malformações que necessitam de uma avaliação cuidadosa durante o período neonatal. Podem ser necessários estudos imagiológicos do cérebro, coração, rins e abdómen associados a uma avaliação do estado de nutrição e do aparelho respiratório. O aumento do tónus muscular, as convulsões e a descoordenação da deglutição são factores que fazem com que estes doentes tenham um risco acrescido de aspiração, a qual pode ainda agravar mais os problemas respiratórios (apneias). O prognóstico destes síndromes é reservado, com uma mortalidade elevada.As crianças com estes síndromes têm atraso de desenvolvimento psicomotor grave.
Tratamento e Prevenção das Complicações
Durante o período neonatal, têm que ser tomadas decisões importantes relativamente às medidas terapêuticas a implementar. O diagnóstico é feito, muitas vezes, durante o período pré-natal, permitindo informar os pais mais precocemente. No período neonatal, é importante fazer-se a detecção das anomalias presentes, e assegurar um suporte nutricional adequado. Deve ser ponderado o tipo de intervenção cirúrgica adequado a cada caso.
Aconselhamento genético
O risco de recorrência de trissomias livre em futuras gestações é de 1%, havendo um aumento associado à idade materna avançada (2-3% em mulheres com 40 anos). No caso das trissomias por translocações, o risco de recorrência é de 5-10% quando um dos pais é portador de uma translocação equilibrada. A realização de uma consulta de aconselhamento genético é de grande importância. O diagnóstico pré-natal citogenético é uma opção para futuras gestações.
Fonte:
Mutação genética produz madrugadores
As pessoas que gostam de acordar extremamente cedo e antecipar a hora de dormir podem fazer isso por influência de seu DNA, revela um estudo de cientistas dos EUA. Ao estudar famílias em que quase todas as pessoas possuem a chamada "síndrome da fase avançada do sono", os pesquisadores identificaram uma mutação como a causa do comportamento.
Os portadores de uma forma anômala de um gene chamado Per2, mostrou o estudo, têm o costume de ir para a cama entre 17h e 19h e acordar entre 2h e 4h, mesmo em fins de semana --e sem ajuda do despertador.
A fim de mostrar que o problema estava no DNA, cientistas da Universidade da Califórnia em San Francisco produziram roedores transgênicos com a mesma mutação dos humanos madrugadores e realizaram um experimento. O papel da alteração genética ficou claro quando compararam os animais alterados aos normais.
"Colocamos os dois grupos em caixas com iluminação artificial, alternando períodos claros e escuros a cada 12 horas, para simular o dia", explicou à Folha Ying-Hui Fu, pesquisadora que liderou o teste. "Na natureza, os camundongos são animais noturnos, então os animais normais acordavam assim que desligávamos a luz, começavam a andar na roda e ficavam ativos o tempo todo, até que a luz se acendesse."
Os transgênicos, porém, iniciavam suas atividades de três a quatro horas antes de a luz se acender e iam dormir mais cedo também. "Foi exatamente como acontece nos humanos com a síndrome, que vão para a cama entre 18h e 19h e se levantam às 3h ou 4h", disse Fu.
A cientista está agora testando várias drogas nos roedores transgênicos. "Nossa meta final, claro, é encontrar uma forma de intervenção terapêutica para regular o ritmo circadiano humano, e esse estudo foi apenas um passo nessa direção." Os resultados dos pesquisadores foram publicados na revista "Cell" no dia 11 de janeiro.
Boemia genética
O trabalho do grupo californiano é semelhante a outro que um grupo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) está desenvolvendo. Os pesquisadores brasileiros, porém, estudam uma outra alteração hereditária, no gene Per3, que causa o problema inverso. Aparentemente, quem possui a mutação contrai a síndrome da fase atrasada do sono, uma espécie de boemia genética.
"O grupo da Califórnia fez mais ou menos a mesma coisa que nós estamos planejando para um outro gene, o Per3", diz Mário Pedrazzoli, coordenador dos trabalhos na Unifesp. Em colaboração com cientistas britânicos, os brasileiros devem fazer experimentos com roedores portadores dessa outra mutação.
Fonte: Folha Online